Peeling Químico - Inverno é o momento ideal


Peeling - Técnica muito utilizada nos consultórios médicos e centros de estética, é um procedimento que provoca a descamação da pele. Este termo deriva do verbo "to peel" em inglês que significa descascar. Os Peelings podem ser químicos e físicos. Também existem "peelings" realizados com aparelho mecânico (dermoabrasão) ou realizados pelo aparelho de laser.

 

Os peelings químicos podem ser indicados para várias alterações de pele, como: manchas (melasma, melanoses senis), cicatrizes e fotoenvelhecimento (envelhecimento pelo sol).
 
Os principais objetivos do peeling químico nestes tipos de tratamento podem ser condensados em três pontos básicos:

-  Eliminação das camadas danificadas da epiderme;

-  Renovação das células da epiderme;

- Agressão à derme, provocando inflamação com ativação de mediadores celulares que provocam estímulo das fibras produzindo colágeno novo e melhora da irrigação sanguínea.

Tipos de Peeling Químico

Os peelings químicos são classificados na profundidade da pele que podem atingir:

-  superficial com ação na epiderme

-  médio na derme papilar e

-  profundo, ação na derme reticular.

Podem ser utilizadas várias substâncias "químicas", em geral ácidos, para realizar um Peeling. Com a penetração da substância na pele, não tóxica ao organismo e de acordo com a profundidade atingida, ela propicia alguns dos benefícios citados anteriormente.

Só um profissional especializado pode avaliar e determinar as substâncias compatíveis com este grau de penetração. Se a intenção é tratar manchas ocasionadas por melanina localizada na epiderme, normalmente utiliza-se um Peeling superficial e assim por diante.

Veja alguns exemplos de substâncias que podem ser utilizadas e qual a profundidade conseguida por sua ação, observando que peeling químico só deve ser utilizado por profissional da área de saúde habilitado.

- Peeling superficial: ácido glicólico 50 a 70%, ácido tricloro-acético 10 a 25%, resorcinol 20 a 30%, solução de Jessner (ácido tático 14%, ácido salicílico 14%, resorcinol 14%, álcool qsp)

- Peeling médio: ácido pirúvico 90%, ácido tricloro-acético 30 a 40%, solução de Jessner + ácido tricloro-acético 35%.

- Peeling profundo: ácido tricloroacéticoacima de 40%, fenol 88%, fórmula Baker (fenol + óleo croton + septisol).

O peeling químico é um procedimento médico e biomédico, pois as condições clínicas do paciente precisam ser conhecidas, assim como o potencial e característica das substâncias utilizadas.

Antes da sua realização é necessário preparar a pele para que possa reepitelizar melhor após ser agredida.
 
É recomendado nestes casos o ácido retinóico em concentrações de 0,025% a 0,1 %, uma vez à noite pelo no mínimo durante 15 dias antes da realização do peeling.

Também pode ser utilizados os alfahidróxi-ácidos como ácido glicólico (5 a 8%) ou ácido láctico (5 a 7%) ou lactado de amônia (5%), sempre uma vez à noite, durante pelo menos quinze dias antes do peeling.


O Peeling será utilizado para o tratamento de manchas cicatrizes e  fotoenveIhecimento que inclui:  rugas, flacidez, melanoses (mancha senil) e queratoses (lesão pré-cancerosa).

As peles são classificadas segundo a pigmentação (quantidade de melanina) em números de I a VI: as classificadas como 1, são muito brancas, de indivíduo claro, de olhos claros; enquanto que as classificados como VI, são de indivíduos negros.

Os peelings químicos não devem ser realizados em peles IV, V e VI , indivíduos morenos, orientais, mulatos e negros, pois as chances da pele pigmentar são muito grandes.

Os peelings químicos também devem ser evitados em pessoas muito idosas, (acima de 80 anos), cardíacos, diabéticos, indivíduos em tratamento com drogas que induzem a pigmentação (tetraciclína, anticonvulsivantes, amiodarona, etc). Também é contra indicado a pacientes que fizeram ou fazem uso de retinóides (isotretinoína ou etretinato). Estes devem aguardar no mínimo um ano após o término da medicação para realizar o Peeling químico.

O peeling químico deve ser realizado em ambiente adequado como um procedimento cirúrgico e a procedência dos agentes químicos deve ser confiável. Conforme a profundidade e a substância utilizada, é necessária sedação prévia.

Nos dias subseqüentes ao Peeling químico é necessário limpar bem a pele, com detergentes leves, usar pomada com antibiótico a noite, evitar a manipulação da crosta e usar filtro solar. Sempre ocorrerá a formação de uma crosta que será mais fina ou mais espessa dependendo da profundidade do peeling. Esta crosta (casca) não deve ser arrancada e sim sair naturalmente. O cuidado com o sol é imprescindível durante pelo menos um mês após peeling.

Conclusão

O peeling deve ter indicação médica e o paciente deve conhecer todo o processo que envolve o tratamento.

Este procedimento não deve ser feito por esteticistas. Biomédicos podem fazer, desde que seja habilitado, ou seja, deve ser um biomédico esteta.

O peeling químico é considerado atualmente um método seguro e eficaz para o tratamento de várias alterações principalmente o envelhecimento.
O peeling químico está hoje incorporado aos tratamentos dos médicos e biomédicos que trabalham com a medicina estética.

 

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