VOCÊ SABE TUDO SOBRE LINFEDEMA?
Linfedema é uma doença crônica caracterizada
pelo acúmulo de líquido intersticial de alta concentração protéica, decorrente
de insuficiência da drenagem linfática por anormalidades congênitas ou
adquiridas do sistema linfático.
O termo linfedema, embora consagrado
pelo uso para se referir à doença do sistema linfático, atualmente tem sido
substituído por linfopatia, uma vez que nem sempre o paciente apresenta
manifestações clínicas, como o linfedema, ao exame físico.
A doença geralmente acomete as
extremidades, em especial os membros inferiores, e, causa desde um discreto
edema do membro, reversível ao repouso nas fases iniciais da doença, até
deformidades da extremidade com alteração da sua forma ( elefantíase) nos
estágios mais avançados. O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais
para evitar alterações, muitas vezes irreversíveis.
O linfedema pode ser
classificado, quanto à etiologia, em primário ou secundário, segundo a
classificação fr Kinmoth. Linfedema Primário é aquele que decorrente de
alterações congênitas dos vasos linfáticos e, de acordo com a idade de
manifestação dos sintomas, é subdividido em: congênito (desde o nascimento até
1 ano de idade), precoce ( até os 35 anos) ou tardio ( acima de 35 anos). O
linfedema secundário ocorre alterações adquiridas do sistema linfático
subsequentes a infecções, traumas, cirurgias, radioterapia, insuficiência
venosa crônica, dentre outras.
O diagnóstico da doença é
basicamente clínico, e os estudos de imagens, como tomografia e
linfocintilografia, tem como objetivo confirmar a suspeita diagnóstica,
detectar locais de má formação linfática, neoplasia e excluir outras causas de
aumento de volume do membro.
A linfocintilografia é,
atualmente, o exame de escolha para avaliar o sistema linfático, sendo um
método pouco invasivo, de fácil realização e pode ser repetido sem causar dano
ao vaso linfático.
O linfedema pode acometer as
extremidades de forma unilateral ou bilateral. Quanto à forma clínica, o
linfedema pode ser classificado, segundo Mowlen, em: grau I: linfedema
reversível com elevação do membro e repouso no leito durante 24-48 horas, edema
depressível à pressão; Grau II: linfedema irreversível com repouso, fibrose no
tecido subcutâneo de moderada a grave e edema não-depressível à pressão; Grau
III: linfedema irreversível com fibrose
acentuada no tecido subcutâneo e aspecto elefantiásico do membro.
É importante a realização do
exame de linfocintilografia, pois muitas vezes a manifestação clínica está
apenas em uma extremidade e, na investigação linfocintilográfica, há alterações
bilaterais, fato que alerta e auxilia no tratamento preventivo de alterações do
membro aparentemente normal ao exame físico.
Importante saber: O estudo de
pacientes com linfedema nos membros inferiores concluiu que 1) a localização do
linfedema ao exame físico nem sempre corresponde à topografia das alterações linfáticas
analisadas nas linfocintilografias, o que foi observado na maioria dos casos;
2) o exame físico do membro pode estar normal e ainda assim apresentar alterações
do sistema linfático nas imagens linfocintilográficas. POR: Andréa Paula
Kafejian-Haddad
Obrigado pelas informação, foi de grande ajuda para mim. mas gostaria de saber se a perna para de incha
ResponderExcluirÈ que tive câncer, e fiz radioterapia, e estou curada, e o médico disse para mim que o meu pé inchado era sequela da radio, tudo bem pensei, o pé inchado não é nada, comparando com o câncer, só que ele inchou bem mais, já faz um ano e dois meses, e sozinha através da interne-te, que é linfedema. gostaria muito de saber se depois de um ano e dois meses ela pode ficar como esta, o ela não para de incha, e ver imagem de pessoas uns cinco anos depois, para ver como ficaram
Bom, primeiro é necessário ter um diagnóstico confiável de Linfedema. Existem exames específicos. Como mencionei no artigo, o linfedema não tem cura, mas tem tratamento e é administrável. É possível controlar o edema e ter o membro acometido em estado quase normal, porém os cuidados são constantes. Deve evitar ingesta de sal (sódio), fazer drenagem com profissionais qualificados para não criar traumas na linfa e evitar trombo, usar meia de media compressão por indicação médica e da forma correta de uso, elevar os pés da cama aproximadamente 12cm para manter os membros elevados, porém a coluna reta no colchão. Estes cuidados farão com que você tenha uma vida normal com edema reduzido. Aconselho procurar um cirurgião vascular e fazer o exame de linfocintilografia para ter conhecimento do grau de linfa está presente na região acometida. Precisando de mais detalhes, entre em contato.
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